Viajamos para a Borgonha. Foram 275 km de estradas ótimas (e pedágios caros: 18 euros!!!) em cerca de 3 horas.
O mapa abaixo mostra a região da Borgonha no mapa da França:
O mapa seguinte mostra as cidades que visitamos:
A primeira parada foi Puligny-Montrachet, a cidade dos brancos (sempre chardonnay) mais famosos do mundo.
Ficamos uma noite na Maison Olivier Leflaive, uma vinícola-hotel-restaurante. Bem chique. Sugestão do Ítalo e da Adriana.
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Tínhamos planejado jantar no hotel, mas, como chegamos antes das 13h30m, perguntaram se preferíamos fazer o menu degustação no almoço. Concordamos.
Eram 4 pratos: bolinhos de queijo,
salmão marinado com creme cítrico,
lombo de porco com ervilhas e amêndoas
e uma mousse de chocolate com emulsão de frutas vermelhas.
Tudo uma delícia. Isso harmonizado com 9 vinhos da casa (dividimos uma degustação). 7 deles chardonays, que é a uva principal de Puligny-Montrachet. Gostamos de todas. E dois pinot noirs, que foram servidos com a sobremesa. Não gostamos muito, pois achamos muito secos.
Demos uma volta pela cidade, que é minúscula.
e eu um prato de cordeiro. Ela tomou um chardonnay e eu um pinot noir. Os pratos estavam bons, mas inferiores aos do almoço.
4/6
Pela manhã, deixamos as malas na recepção e fomos fazer as visitas oferecidas pelo hotel.
Primeiro fizemos um passeio pelos vinhedos, onde nos explicaram em detalhes os microclimas da região, e todo o processo de cuidado das uvas. Foi bem interessante.
Videira antiga: caule grosso. |
Depois fizemos uma visita às caves com um dos irmãos donos da propriedade, o Sr. Patrick Leflaive. Ele explicou o processo de vinificação. Foi legal, mas menos interessante.
Depois almoçamos no restaurante Le Montrachet, uma estrela no Guia Michelin.
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Foi espetacular. Optamos pelo menu de almoço, com taças de vinho da região. Como entradas, carpaccio de atum com parmesão e alcaparras
e legumes com molho de frutos do mar.
De principal, os dois pedimos cordeiro assado por sete horas, cenouras e alecrim.
e uma mousse de chocolate branco com biscoito de amêndoas.
Mas antes das entradas vieram dois amuse-bouches. Um pratinho com um bolo de queijo, presunto e uma casquinha com algo gostoso.
Depois, uma mousse de beterraba com creme de queijo.
E antes da sobremesa veio uma pré-sobremesa: uma mousse de morango com biscoito de chocolate.
Com o café vieram ainda uns docinhos.
Tomamos taças de vinho branco Auxey-Duresses 2013 "Vieilles Vignes, e de um tinto da mesma vinícola "Les Duresses".
Pegamos nossas malas e rumamos para Beaune. Ficamos no Ibis Styles. Muito bom e bem localizado.
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Passeamos pela cidade e depois pegamos o carro e fomos à missa na Igreja de São Nicolau.
Vista do nosso quarto: as muralhas da cidade |
A entrada do Hospice de Beaune |
Basílica Notre-Dame de Beaune |
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Pedi um boeuf bourguignon maravilhoso,
e a Carmem, um omelete de queijo, presunto e champignon gostoso. Ela tomou um Mâcon Village branco e eu um Pinot Noir Chorey les Beune, Chateau Léopoldine. De sobremesa, café espresso e uma tarte tatin com chantilly e sorvete.
5/6
Pela manhã, pegamos o carro e rodamos pelas cidadezinhas da Côte de Nuits, o coração dos vinhos tintos da Borgonha. Ela começa na cidadezinha de Nuits Saint Georges e vai até o sul de Dijon, em Marsannay la Côte. No caminho, passamos por Vosne Romanée (terra do lendário Romané-Conti), Vougeot, Chambolle Musigny, Morey Saint Denis, Gevrey Cambertin, Brochon e Fixin. Perto de Beaune e mais ao sul, passando por Puligny Montrachet, fica a Côte de Beaune, famosa pelos brancos chardonnay. A soma da Côte de Nuits e da Côte de Beaune é chamada Côte D'Or.
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Optamos pelo menu de 20 euros. De entrada, a Carmem pediu um tartare de peixe
e eu um jambon persillée (estava ótimo, diferente daquele de Reims).
De principal, ela comeu uma carne
e eu um boeuf bourguignon (totalmente diferente do de ontem; a carne parecia mais uma feijoada).
Antes da sobremesa, passou uma tábua de queijos para escolhermos três. Pedimos para o dono escolher para nós, e provamos queijos bem gostosos e diferentes.
De sobremesa, comemos um doce de maçã sobre um a massa folhada e chantilly.
Tomamos taças de um vinho branco e outro tinto de Fixin, e uma taça de Gevrey Chambertin Vielles Vignes 2012. Tudo delicioso.
Depois seguirmos até a última cidade da Côte de Nuits e voltamos para Beaune.
Dormimos um pouco e depois visitamos o Hôtel-Dieu de Beaune ou Hospices de Beaune, um hospital para os pobres fundado em 1443. A visita guiada por audiofones foi bem interessante e instrutiva.
Voltamos ao hotel, tomamos banho e jantamos novamente na Brasserie Le Carnot.
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Dessa vez, dividimos uma pizza de presunto de parma e um pichet de Pinot Noir Chorey les Beaune, Chateau Léopoldine.
6/6
Pela manhã, seguimos para Dijon. No Centro de Visitas, compramos um livrinho com o "Percurso da Coruja", um caminho marcado no chão com corujinhas que passa pelos principais pontos turísticos do centro histórico:
a Igreja de Notre-Dame, com os famosos bonequinhos que tocam de hora em hora (que não estavam funcionando devido a um raio que levaram em uma tempestade recente);
a Porta Guillaume;
a Praça Granger;
o mercado Les Halles (que estava fechado, pois era segunda-feira);
a Praça François Rude;
e as mansões da Rua de Forges.
Almoçamos no Restaurante L'Édito, ao lado da Porta Guillaume.
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Já tínhamos visto uma filial em Reims, também bem falada no TripAdvisor, mas não tínhamos provado. Adoramos. Eu pedi um menu fechado: escargots,
A Carmem pediu uma carne com um molho ao poivre e batatas fritas.
Tomamos um pichet de meio litro de um pinot noir da Borgonha (simples, mas gostoso).
Em Dijon, uma vendedora tinha dado uma dica de passarmos na cidade de Pernand-Vergelesses, perto de Beaune, e procurarmos uma estátua da virgem que dava para uma bela vista dos vinhedos. Era só chegar na cidade e perguntar. Bem, o GPS nos levou lá. O difícil foi achar alguém na rua para perguntar!!! Subimos uma ladeira íngreme, que parecia ser o único caminho razoável para um mirante, e achamos. Depois vimos que se chama Oratório de Nossa Senhora da Boa Esperança.
Essas esculturas de cachorros estavam espalhadas pela região. |
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A Carmem pediu uma sopa de cebolas que estava boa (mas pior que a do Daniel Briand em Brasília), e eu experimentei um prato típico da Borgonha: oeufs en meurette (ovos poché em cima de torradas submersas em um molho de vinho e bacon) - delicioso. A Carmem tomou uma taça do vinho branco Rully "tasteviné" e eu uma do tinto Savigny-les-Beaune "Les Petits Picotins", ambos muito bons.
Oeufs en meurette |
Começamos o dia um pouco mais tarde, pois tínhamos agendado uma visita na Mostardaria Fallot às 11h. Essa é umas das mostardarias tradicionais e familiares que ainda existem. Descobrimos aqui que mostarda de Dijon é uma receita, que pode ser feita em qualquer lugar do mundo. Por isso que eles lançaram a marca mostarda da Borgonha, para diferenciar seu produto. Além disso, eles voltaram a plantar a mostarda na região. Há 15 anos, tudo vinha do Canadá. O passeio pela fábrica terminou com uma degustação de mostardas.
Tiramos mais fotos de Beaune.
Depois almoçamos no restaurante Caves Madeleine.
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Pedimos o menu fechado de 23 euros: ovo pochê sobre vinagrete de lentilhas (o nome não indica como era gostoso),
Vinho tinto Rully 2013.
Tudo delicioso. Só a sobremesa que achamos amarga demais.
Descansamos um pouco, e saímos de carro pelas cidadezinhas da Côte de Beaune. Em Pommard, paramos no Chateau de Pommard (e seus belos jardins),
e voltamos. Em Beaune, fizemos uma degustação de 11 vinhos no Marché aux Vins. Não gostamos de verdade de nenhum, apesar de ter alguns bem caros.
Compramos mostardas em uma lojinha do centro e mais algumas na Fallot. Finalmente, compramos vinhos na Joseph Drouhin, vinícola indicada pela Sommelier do Olivier Leflaive, e que vimos que os mesmos vinhos custam pelo menos o triplo na Mistral no Brasil.
Jantamos novamente na Brasserie Le Carnot.
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De novo, dividimos uma pizza de presunto de parma. A Carmem tomou um taça do vinho branco Rully "tasteviné" e eu um chope da cerveja loca Belenium.
8/6
Pela manhã, demos uma passada na feira no centro de Beaune e também em algumas lojinhas. Perto de 11h, saímos em direção a Paris. Foram 300 km de estradas boas e caras (21,40 euros de pedágio). Gastamos 3 horas na estrada e quase 1 hora em Paris. Engarrafamento infernal.
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